quinta-feira, 7 de julho de 2016

Incontinência urinária, um B.O na vida de muitas pessoas

Um assunto que é tabu para muitas pessoas é a incontinência urinária. Por falta de informação esse problema traz muito constrangimento e sofrimento, mas felizmente, não precisa ser assim. Para falar sobre o assunto, tenho o prazer de convidar a Dra Adriana Lyvio Rotta, especialista no assunto e que convive diariamente com pacientes que tomaram coragem, buscaram ajuda e que dia a dia recuperam sua auto estima e qualidade de vida. 
Muito obrigada por compartilhar conosco seus conhecimentos e que honra ter minha professora participando do meu blog!

COMO DIAGNOSTICAR A INCONTINÊNCIA URINÁRIA? (Por Adriana Lyvio Rotta)



Digo que, por experiência clínica (própria), hoje em dia, está simples. Basta buscar no google, pesquisar sobre incontinência urinária (IU), e lá estão diversas explicações de como diagnosticar, o que é, quais os sintomas, sinais e tratamentos!! Vai me dizer que você nunca fez isso...rsrsrs
Primeiro você sente... passa pela situação de perder urina, não acha legal, mas também, imagina que deve ser normal, afinal, escapou tão pouco... porém você percebe que continua a perda e então resolve procurar através da mesma forma de busca “on line”, um profissional para te orientar, tô certa?
Eis que surge outro problema: eu li tantas coisas, tantas dicas, mas afinal, que tipo de profissional poderá me ajudar?

Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, a IU atinge 5% da população mundial, e mais, no Brasil, a estimativa é de que 10 milhões de pacientes estejam nessa condição.
As mulheres apresentam duas vezes mais o problema comparadas aos homens, por diversos fatores, entre eles, o esforço físico causado pela gestação, prisão de ventre e por uma queda nos níveis de estrogênios quando chega à menopausa.
Mas tudo o que conversamos até agora, não é novidade nenhuma pra você e nosso objetivo aqui não é falar de teoria, mas sim, contar um pouco a rotina de uma profissional especialista na área, que passa diariamente pela experiência de lidar com pacientes incontinentes, de ouvir de homens e de mulheres de diferentes faixas etárias, o que é perder urina.
Digo mais, além de ouvir, atender e tratar destas pessoas, o que mais me vale nisso tudo, é o que os meus pacientes me ensinam sobre a incontinência.
A cada relato, a cada consulta, a cada conversa, percebo que, eles me procuram em busca de cura e melhora da qualidade de vida, e eu através das histórias que ouço, aprendo cada dia mais, como poder ajuda-los.
Acho que este é o nosso objetivo nesse blog. Compartilhar experiências e te mostrar que você não precisa sofrer com seu problema.
Sabe-se que ao perceber a perda de urina, (quem já passou por isso em algum
momento de sua vida vai entender o que vou dizer agora), é uma condição constrangedora, inevitável na maioria das vezes, e que gera consequências na
qualidade de vida, como por exemplo: frustrações, vergonha, marginalização no convívio social e dependendo da situação, problemas psicossociais.
Sendo assim, por medo de algum “acidente”, você começa a evitar a prática de esportes, de atividades sociais, deixa de conviver em grupos pelo simples fato de “pensar” que ao sair, você pode perder urina ao tossir, ao espirrar, se rir muito de uma situação engraçada. Isso tudo é uma situação extremamente desconfortável.
Porém a notícia boa é que quando tratados, a maioria dos indivíduos com IU podem ser curados ou melhorar consideravelmente o seu quadro. O primeiro passo é admitir que há um problema e procurar ajuda.
A IU pode ser tratada através de medicamentos, cirurgias, fisioterapia, ou uma combinação entre essas modalidades.
O tratamento ideal depende da análise minuciosa do problema de forma individualizada e varia de acordo com a natureza específica do problema.
Procure ajuda profissional ao sentir os sintomas de IU. Procure profissionais especializados (médico e fisioterapeuta) e acredite, os resultados costumam ser excelentes.
Beijo, e até a próxima, espero que tenham gostado!!

Adriana Lyvio Rotta
Mestre em Ciência da Saúde pela UNIFESP –Escola Paulista de Medicina
Fisioterapeuta com consultório particular em atendimentos á pacientes com Incontinências Urinárias e Fecais – em Mogi das Cruzes – Na Rua Júlio Prestes, 240 próximo ao SEMAE.
Professora de Anatomia Humana e de Saúde da Mulher

Contato: 4799-0784

Email: adrianalyviorotta@gmail.com

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Diga não ao andador para bebê

Matéria publicada na revista Ser Mais

Diga não ao andador para bebê
Grande vilão entre os fisioterapeutas, seu uso também é condenado pela Sociedade Brasileira de Pediatria

Os meses passam e a cada dia o bebê quer explorar mais o mundo. Acreditando facilitar a vida dos pequenos, as mamães e papais logo correm para o shopping em busca do famoso andador. Pronto! O bebê parece livre para explorar o ambiente e treinar os primeiros passinhos. Certo? Errado!!
Aparentemente inofensivo, o andador está bem longe de ser um aliado no desenvolvimento dos bebês. Seu uso acarretará em malefícios e ainda traz o risco de graves acidentes. A Sociedade Brasileira de Pediatria condena seu uso e entre os fisioterapeutas ele é considerado grande vilão.
Os bebês são curiosos e assim, ao tentar buscar objetos começam a se arrastar, rolar, engatinhar, ajoelhar, ficar em pé, andar com apoio até que enfim conseguem andar sozinhos. Todo esse desenvolvimento garante que o bebê cresça saudável, adquira uma boa postura, fortaleça os seus músculos, adquira coordenação motora e equilíbrio.
 Ao colocar o bebê no andador, deixamos o bebê acomodado e assim, podemos atrasar seu desenvolvimento. Além disso, como geralmente ainda são pequenos para o aparelho, acabam andando na ponta dos pés para alcançar o chão, gerando encurtamento muscular. Se a criança já tiver tamanho para andar no aparelho, pela comodidade de ter uma cadeirinha para se apoiar, geralmente o bebê anda com os joelhos dobrados, além de não treinar o equilíbrio, pois está totalmente estável, fazendo com que depois sinta-se inseguro para andar sozinho.
Com o andador, a criança consegue se deslocar rapidamente e com isso pode ser aproximar de escadas sem que um adulto perceba e cair. Além disso, com o bebê “em pé”, ele torna-se hábil a alcançar e tocar coisas quentes e perigosas, puxar fios elétricos, puxar sobre si mesmo objetos pesados, ou ainda pequenos objetos deixados em mobiliários mais baixos e colocar na boca.
O que fazer?

Bom, ainda não li em nenhum local que tomar conta de um bebê seja moleza. Eles precisam de atenção e cuidado. Coloque tela pela casa, portão que evite acesso as escadas, protetores de quina, protetor de porta, protetor de tomada, retire objetos pequenos ou perigosos do alcance dos pequenos e enfim, deixe-os explorar o mundo a sua volta, sempre com supervisão. Além disso, tenha tempo para seu bebê. Não tem brinquedo que substitua atenção e carinho.