Matéria publicada na revista Ser Mais
Diga não ao andador para bebê
Grande vilão entre os
fisioterapeutas, seu uso também é condenado pela Sociedade Brasileira de
Pediatria
Os meses passam e a cada dia
o bebê quer explorar mais o mundo. Acreditando facilitar a vida dos pequenos,
as mamães e papais logo correm para o shopping em busca do famoso andador.
Pronto! O bebê parece livre para explorar o ambiente e treinar os primeiros
passinhos. Certo? Errado!!
Aparentemente inofensivo, o
andador está bem longe de ser um aliado no desenvolvimento dos bebês. Seu uso
acarretará em malefícios e ainda traz o risco de graves acidentes. A Sociedade
Brasileira de Pediatria condena seu uso e entre os fisioterapeutas ele é
considerado grande vilão.
Os bebês são curiosos e
assim, ao tentar buscar objetos começam a se arrastar, rolar, engatinhar,
ajoelhar, ficar em pé, andar com apoio até que enfim conseguem andar sozinhos.
Todo esse desenvolvimento garante que o bebê cresça saudável, adquira uma boa
postura, fortaleça os seus músculos, adquira coordenação motora e equilíbrio.
Ao colocar o bebê no andador, deixamos o bebê
acomodado e assim, podemos atrasar seu desenvolvimento. Além disso, como
geralmente ainda são pequenos para o aparelho, acabam andando na ponta dos pés
para alcançar o chão, gerando encurtamento muscular. Se a criança já tiver
tamanho para andar no aparelho, pela comodidade de ter uma cadeirinha para se
apoiar, geralmente o bebê anda com os joelhos dobrados, além de não treinar o
equilíbrio, pois está totalmente estável, fazendo com que depois sinta-se
inseguro para andar sozinho.
Com o andador, a criança
consegue se deslocar rapidamente e com isso pode ser aproximar de escadas sem
que um adulto perceba e cair. Além disso, com o bebê “em pé”, ele torna-se hábil
a alcançar e tocar coisas quentes e perigosas, puxar fios elétricos, puxar
sobre si mesmo objetos pesados, ou ainda pequenos objetos deixados em
mobiliários mais baixos e colocar na boca.
O que fazer?
Bom, ainda não li em nenhum
local que tomar conta de um bebê seja moleza. Eles precisam de atenção e
cuidado. Coloque tela pela casa, portão que evite acesso as escadas, protetores
de quina, protetor de porta, protetor de tomada, retire objetos pequenos ou
perigosos do alcance dos pequenos e enfim, deixe-os explorar o mundo a sua
volta, sempre com supervisão. Além disso, tenha tempo para seu bebê. Não tem
brinquedo que substitua atenção e carinho.
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