sexta-feira, 1 de julho de 2016

Diga não ao andador para bebê

Matéria publicada na revista Ser Mais

Diga não ao andador para bebê
Grande vilão entre os fisioterapeutas, seu uso também é condenado pela Sociedade Brasileira de Pediatria

Os meses passam e a cada dia o bebê quer explorar mais o mundo. Acreditando facilitar a vida dos pequenos, as mamães e papais logo correm para o shopping em busca do famoso andador. Pronto! O bebê parece livre para explorar o ambiente e treinar os primeiros passinhos. Certo? Errado!!
Aparentemente inofensivo, o andador está bem longe de ser um aliado no desenvolvimento dos bebês. Seu uso acarretará em malefícios e ainda traz o risco de graves acidentes. A Sociedade Brasileira de Pediatria condena seu uso e entre os fisioterapeutas ele é considerado grande vilão.
Os bebês são curiosos e assim, ao tentar buscar objetos começam a se arrastar, rolar, engatinhar, ajoelhar, ficar em pé, andar com apoio até que enfim conseguem andar sozinhos. Todo esse desenvolvimento garante que o bebê cresça saudável, adquira uma boa postura, fortaleça os seus músculos, adquira coordenação motora e equilíbrio.
 Ao colocar o bebê no andador, deixamos o bebê acomodado e assim, podemos atrasar seu desenvolvimento. Além disso, como geralmente ainda são pequenos para o aparelho, acabam andando na ponta dos pés para alcançar o chão, gerando encurtamento muscular. Se a criança já tiver tamanho para andar no aparelho, pela comodidade de ter uma cadeirinha para se apoiar, geralmente o bebê anda com os joelhos dobrados, além de não treinar o equilíbrio, pois está totalmente estável, fazendo com que depois sinta-se inseguro para andar sozinho.
Com o andador, a criança consegue se deslocar rapidamente e com isso pode ser aproximar de escadas sem que um adulto perceba e cair. Além disso, com o bebê “em pé”, ele torna-se hábil a alcançar e tocar coisas quentes e perigosas, puxar fios elétricos, puxar sobre si mesmo objetos pesados, ou ainda pequenos objetos deixados em mobiliários mais baixos e colocar na boca.
O que fazer?

Bom, ainda não li em nenhum local que tomar conta de um bebê seja moleza. Eles precisam de atenção e cuidado. Coloque tela pela casa, portão que evite acesso as escadas, protetores de quina, protetor de porta, protetor de tomada, retire objetos pequenos ou perigosos do alcance dos pequenos e enfim, deixe-os explorar o mundo a sua volta, sempre com supervisão. Além disso, tenha tempo para seu bebê. Não tem brinquedo que substitua atenção e carinho.

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